O bebê Vitor Menegol Assis, 42 dias, não foi vítima de homicídio, mas a sua bisavó materna, a idosa Terezinha Zambenedetti Menegol, 74 anos, é indiciada por lesões corporais culposas. A idosa foi indicada pela titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Desaparecidos-DEHD, delegada Daniela de Oliveira Mineto, ao concluir o inquérito que apurou as circunstâncias em que ocorreu a morte do bebê.
Vitor Menegol Assis morreu no dia 21 de janeiro deste ano, no Hospital São Vicente de Paulo, onde estava internadado desde o dia 27 de dezembro com lesões na região da cabeça e fratura numa clavícula. Na ocasião a mãe dele, Marina Menegol, 22 anos, ao registrar o caso na polícia, apontou a bisavó como suspeita de ter agredido a criança. Segundo ela, além das lesões, o filho apresentava um amarelão.
O corpo do pequeno Vitor foi encaminhado para necropsia no Departamento Médico Legal-DML para apurar as causas da morte. A delegada Daniela de Oliveira Mineto revelou nesta quinta-feira que o laudo da necropsia aponta que a morte não foi causada pelas lesões, mas sim em decorrência de uma doença congênita da vítima. O bebê tinha problemas no fígado, inclusive foi paciente de cirurgia e o amarelão alegado pela mãe era provocado pela doença.
O laudo do DML admite que as lesões podem ter contribuído para a morte, mas em decorrência da saúde da criança. Segundo a delegada, afastada a possibilidade de homicídio, restou a questão das lesões.
A bisavó nega agressão ou mesmo acidente, mas no inquérito consta que não queria a criança e foi contra a gravidez da neta. Com base no laudo, a delegada Daniela de Oliveira Mineto decidiu por indiciar Terezinha Zambenedetti Menegol por lesões corporais culposa no bisneto. O inquérito já foi remetido para apreciação do Poder Judiciário.
sexta-feira, 6 de maio de 2016
Bebê não foi vítima de homicídio mas bisavó é indiciada por lesões
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