Após o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir por unanimidade, a suspensão do mandato e consequentemente da presidência da Câmara, Eduardo Cunha concedeu uma entrevista falando sobre o seu afastamento. Ele relatou que achou o julgamento estranho e que há pontos a serem contestados. "Não houve tempo para que se pudesse o devido contraditório", criticou.
Ele disse que faltou tempo para os ministros se inteirarem do voto do relator, ministro Teori Zavascki. “Esse julgamento, assodado, que virou urgente porque entraram com uma ação, coisa muito estranha. Entraram com uma ADF na terça-feira. O relator não estava sequer preparado para o voto”, argumentou.
• Confira íntegra da decisão do STF que afasta Cunha da Câmara
Cunha afirmou estranhar que a decisão de Teori tenha sido dada logo depois de o processo de impeachment ser aprovado na Câmara dos Deputados. Para ele, foi “retaliação política pelo processo de impeachment, porque o PT gosta de companhia no banco dos réus”. O deputado garantiu que cumpriu função no processo de impeachment por não ter colocado o processo “na gaveta”.
Interferência no Legislativo
Segundo Cunha, houve interferência no Poder Legislativo. Ele também contestou alguns pontos do documento formulado pela Procuradoria-Geral da União, o qual, acredita, não foi lido integralmente: “Eles (ministros) acompanharam o voto na tese jurídica da construção do dispositivo, não entraram no mérito”.
Mesmo sendo afastado do seu cargo na Câmara dos Deputados, ele confirmou que irá recorrer da decisão do STF e que não irá renunciar. “Não há possibilidade de eu renunciar. Não renuncio a nada. E vou recorrer e espero ter sucesso no meu recurso", enfatizou.
sexta-feira, 6 de maio de 2016
Cunha reclama de rapidez no seu julgamento no STF
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário